sábado, 16 de abril de 2011

Movimentos Sociais fazem o 1º Grito das Florestas em Defesa do Código Florestal


O dia em Parintins começou cedo hoje. Representantes da sociedade civil, lideranças de movimentos sociais, pesquisadores e estudantes, participaram do 1º Grito das Florestas. Os participantes do Grande Encontro dirigiram-se ao Bumbódromo, local onde são realizadas as Festas do Boi de Parintins-AM, para selar um Grito em defesa do Código Florestal. Durante o ato o avião do Greenpeace tirou uma foto de todos ao redor de uma faixa de 300 m que trasmitia a mensagem “Congresso, desliga a moto-serra”.
 
O objetivo dessa mobilização era chamar a atenção para as propostas de mudanças no Código Florestal brasileiro. De acordo com o texto redigido pelo Deputado Aldo Rebelo (PC do B) haverá redução da vegetação nativa, provocando o desmatamento e a redução drástica de áreas de proteção ambiental, entre outras discordâncias.
 
Ao final da ação várias organizações assinaram um manifesto reforçando que as alterações na lei representam uma grave ameaça ao ambiente e aos povos das florestas.
 
O documento foi entregue à Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Segundo a Ministra o MMA e o Congresso estão trabalhando, de forma coletiva, em um documento com sugestões sobre o Código Florestal. “A intenção é propor alterações claras, objetivas e transparentes, com foco na agricultura familiar e conservação das florestas” – esclareceu a Ministra.
 
Essa ação foi promovida pela Rede GTA, em parceria com o Greenpeace.
 
Assessoria de Comunicação da Rede GTA

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Cartilha Sobre Orgânicos

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Tiragem: 620.000 exemplares
1ª edição. Ano 2009
Elaboração, distribuição, informações:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo
Departamento de Sistemas de produção e Sustentabilidade
Coordenação-Geral de Desenvolvimento Sustentável
Coordenação de Agroecologia
Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo “B” 1º andar, sala 152
CEP: 70043-900 Brasília – DF
Tels: (61) 3218 2413 / 3218 2453
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Semagric realiza dia de vivência sobre Sítio Ecológico

Na manhã do último sábado, 22, a prefeitura de Porto Velho, através da secretaria municipal de Agricultura, realizou um dia de vivência sobre o projeto Sítio Ecológico. O local escolhido foi o Sítio do "seu Didi", de propriedade do senhor Alvadi Carlos Stfanes, localizado na entrada de Porto Velho pela BR 364, sentido Cuiabá. O evento reuniu representantes de cerca de trinta famílias de pequenos agricultores, que já estão trabalhando com produtos orgânicos, mas sem a certificação que garante o produto como orgânico, ou estão em fase de transição para o novo cultivo e outros que buscam conhecer as técnicas para aplicar na produção. "Este segundo momento aqui no Sítio do Seu Didi, é muito importante para começarmos a conhecer melhor as famílias que estão participando deste projeto piloto. Agora em 2011, são trinta famílias para o próximo ano a proposta é expandir esta ação para outras quatrocentas e assim por diante", informou José Wildes, secretário da Semagric. 
 
A Vivência

   O dia de vivência foi marcado por muita chuva, mas os agricultores se organizaram na varanda da residência do sítio e trocaram experiências e receberam orientações. A manutenção do projeto é da Semagric, mas o acompanhamento técnico Stio_Vivncia_veculos_2.33é da Associação de Desenvolvimento da Agroecologia e Economia Solidária (ADA AÇAÍ). O representante da associação, Silvano Dematia, explicou que, "inicialmente vamos trabalhar com estas trinta famílias, realizando visitas, cursos, discussões, momentos nas propriedades deles, passando técnicas e tudo o que for preciso para que alcancem o Selo Verde, que é o certificado oficial que torna o produto deles como um de origem orgânico", falou.

   Com o Selo Verde o pequeno agricultor familiar terá imediatamente sobre seu produto uma valorização de 30%, além da garantia de recepção no mercado cada vez mais exigente de produtos sem agrotóxicos, adubos químicos e outros insumos não naturais. Wildes informou sobre a destinação inicial da produção orgânica e certificada destas famílias, que "o primeiro foco é utilizar esta produção na merenda escolar municipal. O Prefeito Roberto Sobrinho incentiva e quer que além da Semagric outras secretarias somem ao projeto, como a Secretaria Municipal de Educação (Semed), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), além de parceiros, como o Sebrae, o Ministério do Desenvolvimento Ambiental (MDA), Embrapa e órgãos do governo estadual", concluiu.

Stio_Vivncia_veculos_3_-_Seu_Didi_siteExperiência de Vida

   A escolha da propriedade do Seu Didi foi baseada no trabalho que ele realiza há duas décadas experimentando e cultivando várias espécies de plantas, como madeiras, frutíferas e palmeiras, tanto da região, de outros Estados e ainda de outros países. "Só de espécies eu tenho plantado e produzindo mais de duzentas e cinqüenta, sem falar nas variedades, aí o número seria maior, por exemplo, do araçá tenho dez variedades, do jambo eu tenho três e assim vai", disse.

   Seu Didi, que se tornou conhecido por cultivar várias espécies juntas, sem fazer a derrubada da mata e ainda por descobrir os tipos de árvores estrangeiras que se adaptaram à região e são muito produtivas, e repassar o conhecimento. Revelou ainda, que, "eu vim para a Amazônia para ser pecuarista, para destruir a floresta, porque é isto o que faz o pecuarista, derruba tudo e põe gado. Mas eu não consegui, quebrei, eu não tenho religião, sou Cristão, mas acho que foi Deus que me deu esta missão, e hoje sou conhecido por preservar e não por destruir como já fiz em outros Estados que morei", revelou.

Por: Fabrícius Bariani
Fotos: Estevão Quintela

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Projeto de sítio ecológico é iniciado com 30 famílias

O seminário "Projeto sitio ecológico", ocorrido na noite de sexta-feira, 21/01, no auditório do Sebrae, em Porto Velho, reuniu chacareiros, produtores rurais e artesãos. Fizeram parte da mesa de discursos o secretário municipal de Agricultura, José Wildes, o presidente do sindicato dos trabalhadores da agricultura familiar de Porto Velho, Pedro Bordallo, a representante da Associação de Desenvolvimento da Agroecologia e Economia Solidária da Amazônia Ocidental – Ada Açaí –, Iluska Lobo Braga, e representando os produtores rurais e famílias chacareiras, seu Didi e o ecologista acreano Moisés Matias que vem difundindo por toda a Amazônia a proposta do sítio ecológico. O evento contou ainda com a participação da coordenadora de políticas públicas para as mulheres, Mara Regina.

 Antes da apresentação do projeto, o secretário municipal de Agricultura, José Wildes, agradeceu a presença dos chacareiros, que em breve, segundo ele, serão os grandes beneficiados com o projeto. Wildes destacou a importância de ações que levam ao desenvolvimento da agricultura familiar, difusão da economia solidária e aproveitamento da terra de forma sustentável sem agressão ao meio ambiente. "Este projeto –sitio ecológico- visa exatamente isto e queremos apoiar o desenvolvimento dele em nossa região chacareira. Os sítios ecológicos, Lana_Stiose tiverem o apoio necessário e as ferramentas adequadas, podem proporcionar renda familiar e a diminuição do êxodo rural. Se as famílias rurais puderem produzir seus próprios alimentos e criações, como também a partir da orientação adequada despertar para a cultura que podem desenvolver em sua área rural, permanecerão ali mesmo, tendo uma vida mais saudável, no lugar de origem, sem precisar ir para a cidade", discursou o secretário.

   O presidente do sindicato dos trabalhadores da agricultura familiar de Porto Velho, Pedro Bordallo, parabenizou a iniciativa e o projeto que vem para incrementar ainda mais as atividades no campo.
   A representante da Ada Açaí enfatizou que o sítio ecológico é uma ação que está sendo realizada em toda a Amazônia e que tem garantido o desenvolvimento da agroecologia e da economia solidária. "O Sitio ecológico é uma opção de desenvolvimento sustentável, traz uma vivência mais saudável e harmoniosa e ainda a preservação de plantas e árvores nativas", disse.

O sítio Ecológico

   O acreano Moisés Matias, que reside atualLmente no estado do Maranhão, implantou há 10 anos seu primeiro sítio ecológico. Ele foi o palestrante convidado para falar sobre o projeto, que para ele, foi o melhor investimento que fez na vida. "O sitio ecológico nos ensina muitas coisas. Uma delas é a importância de cuidarmos melhor da nossa saúde. Eu era uma pessoa totalmente estressada e hoje tenho um lugar de muita paz, onde posso cultivar Lana_Stio_4alimentos saudáveis, ter contato com a natureza, ter minhas pequenas criações, viver longe dos agrotóxicos e dos alimentos cheios de hormônios e conservantes. Quando você entende a importância de investir numa área, por menor que seja, e cuidar mais do que está a sua volta e começa a perceber o retorno que isto traz, você não quer mais parar. Então começa a cuidar das plantas, das arvores, incrementar ainda mais o lugar com outras espécies e criações, e daí por diante tem um espaço todo seu e que além da vida mais saudável, com o devido apoio pode levar benefícios a outras pessoas, como por exemplo, cultivando frutas e hortaliças sem agrotóxicos e permitindo que cheguem à mesa das comunidades próximas", disse o ecologista.

   Matias mostrou fotos e vídeos de seu sitio Panakui (panã= cesto. Kui= pequeno), em São Luiz. Esclareceu como iniciou o projeto, das pesquisas que realizou, das suas produções e do resultado. O ecologista que também é jornalista, relatou sobre as experiências de outros sítios ecológicos e da proposta para Porto Velho. Mostrou também os benefícios das pequenas indústrias e de que forma o poder público poderia participar do projeto. "Temos excelentes artesãos, cozinheiras, cultivadores, pessoas do campo que são verdadeiros artistas e profundos conhecedores da terra e do que ela pode produzir. O que falta é investimento para que estas pessoas possam incrementar as atividades que já realizam e que possam fazer tudo isso no local que escolheram para viver, que é o campo", relatou. Luís

Implantação

   A implantação de sítios ecológicos já vinha sendo discutido pela Semagric, segundo Wildes. "O projeto do sitio Pakanã, do ecologista, Moisés Matias, veio como reforço para iniciarmos o projeto. Estaremos trabalhando inicialmente com 30 famílias, estudando qual a melhor cultura a ser desenvolvida, se é a de hortaliças ou frutas, ou ainda criações, vamos desenvolver estudos para saber qual o melhor gado para a região, e levar as técnicas adequadas e dar o Lana_Stio_3apoio necessário para que os sítios ecológicos também sejam uma realidade em Porto Velho", destacou.

   José Wildes falou ainda que a prefeitura já vem investindo em programas que tem a mesma finalidade, 'dar condições ao homem do campo para permanecer no campo' e que este será mais um. "Hoje temos o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Prade), que beneficia 850 produtores rurais, com a recuperação de áreas tomadas pela capoeira, devido à falta de produção, e torna-as novamente produtivas, pois a prefeitura além de limpar o lugar, corrige o solo com o serviço de gradagem e incorporação do calcário. E ainda orienta sobre a melhor cultura para o local, por meio das equipes técnicas e dá o apoio para o escoamento, em parceria com as associações rurais. Temos também o Programa de Agroecologia Integrada e Sustentável – Pais- que incentiva o produtor rural a produzir alimentos sem agrotóxicos, realizando cursos de qualificação em horticultura e ainda incentivo a criação de agroindústrias, com doação de máquinas de arroz, despopadeira, casa de farinha e outras", completou. 

   Os participantes foram convidados para um dia vivência, no sitio do seu Didi, na BR 364, sentindo Candeias do Jamari, um segundo momento do evento, para que os participantes pudessem sentir como será o projeto.

Por: Meiry Santos
Fotos: Quintela

Prefeitura apóia projeto Sítio Ecológico

A prefeitura de Porto Velho em parceria com a Associação de Desenvolvimento da Agroecologia e Economia Solidária (Ada- Açaí), lança no próximo dia 21, às 18h30 no auditório do Sebrae, o Projeto Sítio Ecológico. A programação inicial do lançamento do projeto terá dois momentos. No dia 21/01 acontece o seminário de lançamento do Projeto Sítio Ecológico, com início às 18h30, no auditório do Sebrae, com a participação do ecologista Moises Matias, autor do livro "Sítio Ecológico, Um Guia para Salvar a Terra", aberto para todos os setores da sociedade. E no dia 22/01, haverá um "Dia de Vivência", das 08h às 18h, e voltado para o público da área de abrangência do setor chacareiro, região periurbana das zonas Leste e Norte da cidade de Porto Velho (Núcleo Cinturão Verde).
 
  Stio_Ecolgico_site_4 O ecologista Moisés irá apresentar durante o seminário, os benefícios dos Sítios Ecológicos, projeto que iniciou há dez anos. "Após um período de estresse, causado por um ritmo frenético de trabalho, descobri a necessidade de reencontrar a minha essência. Passei a caminhar nas áreas verdes. Procurei desenvolver atividades manuais ligadas a terra, como cuidar de um pequeno jardim e de canteiros de hortaliças. Vi o grande beneficio que isto me trouxe e busquei ampliar e disseminar esta nova cultura, então escrevi um livro, como também comecei a realizar seminários por todo o país", justificou. Stio_Ecolgico_13

   De acordo com Matias, o projeto pode ser aplicado em qualquer parte do Brasil, e permite efetivamente salvar a terra no nível local, aplicando-se o efeito em cadeia, a partir da formação de redes de sítios ecológicos. Ele acrescenta ainda, que o Projeto Sítio Ecológico visa trocar experiências entre os participantes, através de trabalhos em grupo e discussão em plenário. "Neste processo, todos os participantes Stio_Ecolgico_14podem contribuir com seus conhecimentos, experiências e emoções, construindo assim uma reflexão aprofundada sobre as práticas e experiências de vida e trabalho. Desta reflexão, fluem perspectivas e propostas de mudanças e soluções, que valorizam a proposta ecológica e a tradição do povo da região Amazônica".
  
   Os interessados poderão se inscrever na sede da Semagric, na avenida Costa e Silva, nº 5315, bairro Rio Madeira ou pelos telefones 0800-647-5008 ou 3901-3371 c/ Rejane, sendo encerradas durante a realização do Seminário. Maiores informações pelos telefones: 9253-7083, 8469-5302 e 9912-4317. 

Por: Meiry Santos
Fotos: Medeiros